sábado, 9 de janeiro de 2010




Caminho no meu caminho e procuro o que faz falta. Enquanto caminho algumas das coisas que seguro e tenho como minhas, vão caindo porque sou obrigada a deixar cair para poder caminhar e seguir em frente. O que quero, é alcançar a minha casa à beira da falésia. Essa casa que tanto anseio e porque luto. Todo o caminho servi, de tudo um pouco. com o pé no caminho senti cada uma das suas pedras, algumas fizeram moça outras tocaram em calo que o tempo já tinha formado que de tão duro, ja não deixava sentir nada.
Hoje por ironia do destino sou passaro que voa, agora livre das amarras e do pó da terra, posso enfim chegar ao que tanto anseio. Gostava de caminhar mais um pouco, olhar o mar, o céu, sentir o vento no rosto, terminar projectos...mas não! Sendo pássaro preparo o meu voo. Deixo tudo para trás. O importante agora é chegar à casa, aquela a da falésia que tanto anseio.
Deixo este texto e aguarela, hoje, em homenagem a uma mulher cuja vida não foi facil. Homenagem a todas as que, como ela, sentiram as pedras do caminho e continuaram a caminhar.
Porque caminho só se faz ao andar.

Sem comentários:

Enviar um comentário